Salgado Maranhão translated from Portuguese by Alexis Levitin
Mythic Ground
For the living, this is the ground,
the incorporeal fenced around
by the world of the mind,
unconfined,
far beyond nothing at all,
the misery that must befall
a temple made of flesh;
and — for a time — to express
forever and the end:
the jasmine’s pride that sends
its perfume to our lungs
triumphant over dung.
Or a backdrop of tripe
that casts a slimy light
on the trellis of imagination.
To live is elation
like a sharp little knife.
And if it signals strife
the lily broken, twisted
in the face of myth,
then the past remains in time,
intact with its one crime.
Chão de Mitos
Este é o chão dos vivos
no incorpóreo abrigo
do cerco da mente,
que se faz presente
muito além de nada,
que é misera estada
de ser templo e carne;
e—a um tempo—alarde
do sempre e do fim:
é o brio de jasmim,
que vence o estrume
com seu perfume.
Ou o chão das vísceras,
que alumbra a treliça
da imaginação.
Viver é paixão
feita a canivete.
E se nos compete
o lírio partido
na cara do mito,
fique ao tempo o ido
com seu delito.